Para quem achou que este espaço tinha sido abandonado, cá estou eu, escrevendo novamente. Para uma volta com grande barulho, hoje eu vou fazer um post um tanto polêmico.
Para quem não é da área da arquitetura, o mais famoso arquiteto brasileiro, Oscar Niemeyer, faz cento e um anos hoje (isso mesmo, CENTO E UM ANOS!); e o Tio Oscar, como eu gosto de chama-lo, tá com a corda toda, cada dia fazendo mais projetos – e foi sobre os projetos dele que eu vim escrever.
Muita gente crítica o Tio Oscar pela ausência de funcionalidade em sua arquitetura, principalmente os que acreditam que a função deve prevalecer sobre a forma, dizendo e batendo o pé que as obras do Tio Oscar não têm quase nenhum valor por não apresentarem quase nenhum traço funcional. Eles citam, por exemplo, o Palácio da Alvorada: um dos presidentes militares teria dito, numa conversa informal, que não gostava de almoçar lá porque sentia falta do cheiro de feijão sendo preparado pela esposa na hora de entrar em casa.
Pelo amor de Deus, para mim isso é coisa de gente que não consegue visualizar que a proposta da obra do Tio Oscar não é essa. Pior ainda, tem gente que critica as obras e, na maior cara de pau, faz releituras de elementos característicos do Tio Oscar na porta de entrada do seu escritório (quem quiser conferir, só ir à Avenida JK, em frente à delegacia de polícia). Graças a faculdade, eu tive a oportunidade de visitar várias obras do Tio Oscar; a meu ver, a arquitetura tem que ser vivenciada, a gente tem que experimentar todas as sensação que a obra nos causa para poder analisar; o propósito do Tio Oscar é criar beleza, surpresa ao espectador, uma escultura de escala monumental – e isso ele faz com maestria. Imaginem Brasília sem a Catedral? Sem o Planalto? Para mim, não ia fazer o menor sentido – os arredores da cidade não tem nenhuma paisagem a ser contemplada. É por essas e outras que para mim o Tio Oscar é um gênio.
PARABÉNS. TIO OSCAR! VIVA POR MAIS 100 ANOS!
ps. thanks ao meu irmão pela correção do texto.
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